Globalização

Ganeses com a camisola dos EUA, brasileiros a jogar pela selecção portuguesa, australianos na squadra azzurra. A globalização chegou ao futebol e os exemplos de importação de jogadores são cada vez mais.
Em 1998 a selecção francesa foi acusada de ser uma verdadeira sociedade das nações, tal é a diversidade de origem dos seus jogadores. No entanto, quase todos eles são fruto do futebol francês. Zidane, muitas vezes apontado como exemplo da nacionalização, nasceu em França.
Os países árabes e asiáticos descobriram que o dinheiro pode comprar jogadores para as suas selecções e naturalizam profissionais a troco de algumas regalias. A Tunísia tem estrelas brasileiras, tal como o Japão, apenas para citar alguns exemplos. A Espanha tem tido alguns exemplos de naturalizados, com Donato a surgir à cabeça.
Com a eliminação das fronteiras, a cada vez maior proximidade entre os vários países e continentes e a emigração de jogaodres cada vez mais jovens estas situações só têm tendência a aumentar. A globalização chega ao futebol e as selecções começam a assemelhar-se mais às sociedades de cada país que propriamente à sua população.
Casos como as selecções asiáticas são na minha opinião reprováveis, as selecções não se compram. Casos como a selecção francesa são para mim aceitáveis. Tenho a certeza que Zidane se sente tão francês como Miterrand. Aqueles que nascem e são educados em Portugal são tão portugueses como os outros, mesmo que os seus pais sejam chineses, ucranianos e angolanos.